Poesia da Rita Monteiro

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A melodia do silêncio

Corro mar fora
À procura de grutas escondidas
Lanço o grito da esperança
Alcanço o infinito do céu.
Deito-me sobre cearas invisíveis
Obscureço o meu ser......
Perco-me na noite
E corro para um mundo imaginário.
Parto a minha alma em mil pedaços
E de repente vejo uma floresta ao longe...
Perco-me na sua beleza discreta,
Grito o grito do verdadeiro Grito.
Evoco as lágrimas azuis
E salto para o fundo de um mar
Que vi naquele instante
Sai do limbo onde me encontrava...
Oiço uma linda melodia...
A melodia do silêncio...
É uma música estranha
Transcendente a tudo o que já ouvi até hoje
Uma música calma,Serena,Única,Infinita...
Envolve-me de magia e Cega-me o pensamento
Tocando sempre no mesmo tom,
Oiço a melodia do silêncio.


Rita Monteiro

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Ceara

Derrama o sangue que corre nas tuas veias
Bebe a água de um novo dia
Senta-te
E sente a pureza do amanhecer
Abre os olhos de espanto
Animais rodeiam-te
Uns muito ferozes
Outros mais fracos
Perante a serra ouves o som do novo dia
A música atira-te para um estado letárgico
E nem te apercebes do que estás a fazer
O bater do vento na janela sobressalta-te
Fecha os olhos e imagina o mar
Aquelas ondas bravas que  te rodeiam
Aquele céu incógnito que te ilumina
O prazer de agarrar a areia com a força das tuas mãos novas, mas velhas da vida.
Ouves o coração, o teu, o das plantas e árvores...
Tu sentes
Corre, grita, és livre de o fazer


Rita Monteiro

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Azul Líquido

Azul líquido...
Azul que escorre de um ser ao luar
Escorre e corre pelo mar em que habita
Brota em lagrimas profundas do ser...
como alguém que perde a almaAzul...
Azul líquido que tem tendência a estar condenado a pensamentos longínquos
Azul que carrega tristeza
Azul que não sabe encobrir as mágoas
Azul líquido que cai levemente com as lágrimas,
Que se deixa afundar e afundar cada vez mais em pensamentos...
Azul que se deixa levar pelas futilidades e paradoxos deste mundo...
Que é alguém perdido neste mundo,
Que se refugia na sombra incerta...
Sobrevoa a fugaz realidade
E esconde-se na isolada imaginação...Azul...
Azul líquido que mergulha na imensidão
E nada pelos fios de água que lhe penetram nas veias
Que acende esse halo de luz quente
E ilumina os seus tons de ilusão...
Azul líquido que fica estático por estar admirando o fluxo da vida.
Azul que tenta deixar, de uma só vez para trás,
Toda esta real inutilidade...

Rita Monteiro

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Infinito

Lugar escuro longe de tudo
Fico inerte ali sentada
Pensamentos longínquos
Vendavais dispersos em que me perco
Lágrimas soltas bem escuras
Caem para o Universo
Grito baixinho a minha presença
Sinto tudo menos sobrevivência
Insídiada pelo fogo que me esconde
Quero desaparecer deste infinito
Tempestades que me abrigam
Almas solitárias que ali ficam
Serei ainda a mesma pessoa?!
Ou serei algo que não sente?!
Cansada permaneço no infinito
Como se de algo melancólico de tratasse
Pensamentos distintos
Variadas presenças em que me perco e minto
Não consigo sair do labirinto que é o infinito



Rita Monteiro

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Céu

Olho atentamente para o céu
As formas que contém
As coisas que esconde
Quadros pintados
Tela a tela
Segredos incontidos que chora
Pensamentos distintos que se provocam
Mágoa agreste que levemente deita fora�
Sítio distante longe de tudo
Revoltas assistidas
Perdidas pelo infinito�  

Rita Monteiro

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